sexta-feira, 24 de abril de 2009

A tristeza de Diego Souza



Ontem, como pessoa insistente que sou, fui assistir a mais um jogo desse time do Palmeiras. Não sou palmeirense, como quase todo mundo não gosto do Luxemburgo e acho que um time com esses jogadores - Capixaba, Marcão, Danilo, Maurício Ramos, Sandro Silva, Jumar, Lenny etc. - não tem futuro promissor em nenhuma competição. Mas, tem um jogador que eu não sei se tenho mais admiração ou solidariedade que é esse fabuloso Diego Souza.
Carregar um time e a expectativa de uma torcida grande é um fardo que poucos conseguem carregar, ainda mais sendo todo momento contestado, tanto pelos jornalistas como pelos torcedores, mesmo assim Diego Souza é o homem que carrega o mundo e esse mundo parece cada vez mais pesado.
Mais sozinho que um Robinson Crusoé sem radinho de pilha o número 7 está sempre marcado por dois ou três jogadores, sem nenhum companheiro em posição para fazer uma tabela, receber um passe, ou seja, interagir. Como se fala na rua é ele contra rapa.
E foi ele contra toda uma defesa em Recife, e foi ele massacrado e provocado sozinho contra o Santos e mais uma vez foi ele, com o Marquinhos, ontem no Palestra, contra o medroso time da LDU.
Uma vitória que foi mais de Diego do que de qualquer um, uma vitória da raiva contida e de mais que tudo isso, um cara que provou que o homem é indissociável do jogador de futebol, o que você é dentro das quatro linhas também é fora. Ou seja, a resposta à ofensa, a honra vem antes da vitória, nisso Diego foi exemplar, quisera que todo mal carater como Domingos, e também Mancini, tivessem uma punição exemplar, não violenta, mas que lavasse a alma de quem quer futebol e não trapaça.

Todo apoio ao Diego Souza, provavelmente vai amargar vários meses longe do futebol, mas desde já aguardo a sua volta, mais uma solidão à sua porta, triste vida!

Um comentário:

  1. “O homem é indissociável do jogador de futebol”. Fato. Assim como em qualquer outra profissão que, em minha opinião, é uma continuidade da vida, independente de pretensões salariais ou de “status”.
    Acredito que depois da saída do Mago Valdívia, o Diego Souza assumiu a postura de “melhor” jogador (num conceito de mídia). Não que isso tenha sido premeditado. Não. Aconteceu de forma espontânea, e tal trouxe uma responsabilidade maior.
    Quanto ao ocorrido no palestra no ultimo sábado, é lamentável; e ainda tem jornalista dizendo que o que o Domingos fez é legítimo, afinal de contas, o futebol é um esporte que prevalece a malandragem. Meu deus!!! “A pedagogia do malandro que se da bem”, a do “mundo é do mais forte/ do esperto”, estendeu-se ao futebol. E como não seria assim, se o próprio futebol é a revelação mais evidente de nossa cultura?
    Domingos é um ridículo! Deveria tbm ser processado, afinal de contas simulação não é um ato que mereça julgamento?

    Parabéns pelo post!

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